A mesquita data do Séc. XII tendo a sua construção incorporado elementos de construções anteriores, nomeadamente de época romana. Com a reconquista foi consagrada ao culto cristão mantendo a estrutura do antigo templo muçulmano. Só no Séc. XVI, devido ao avançado estado de degradação que o templo apresentava, foi levado a cabo um programa de obras que introduziu algumas transformações: a cobertura que é substituída por um sistema de abóbadas nervuradas e o entaipamento de algumas portas; no exterior, o estilo mudéjar alentejano, reflecte-se nos merlões e pináculos cónicos que adornam o templo. Actualmente ainda se observam vestígios do antigo templo muçulmano como é o caso de quatro portas de arco em ferradura (postas a descoberto pelas obras da DGEMN nos anos cinquenta do Séc. XX) e o mirhab, elemento orientador das preces muçulmanas. O mirhab, ainda em razoável estado de conservação, apresenta uma decoração esculpida em gesso de arcos cegos e pequenas volutas cuja policromia já desapareceu. No final de 2003, início de 2004, intervenções arqueológicas põem a descoberto a cave da antiga sacristia, entulhada aquando das obras da DGEMN, cujos objectos exumados e estrutura estão ainda em estudo.
Está classificado como monumento nacional desde 1910.


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